No coração árido do Sertão paraibano, “Trapiá” é o nome de uma árvore que desafia o calor e a seca — e também de uma comunidade esquecida pelo tempo, onde histórias de resistência florescem. Entre memórias e tradições, acompanhamos Ramon, cineasta e colecionador do passado, sua mãe Dona Aparecida, a rezadora solitária Dona Mariza e o artesão Zé Ambrósio, que vive entre o fazer artístico e a escassez da natureza.
Como a Trapiá, essas vidas persistem. Cada personagem é um ramo da árvore que insiste em viver: entre o abandono e a fé, o passado e o futuro, o costume e a mudança.
BERTRAND LIRA
DIRETOR E ROTEIRISTA
Bertrand Lira é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), cineasta, dirigiu diversos documentários de curta, média e longa-metragem premiados em festivais no Brasil e no exterior, entre eles o JVC Grand Prize do 26º Tokyo Vídeo Festival de 2004. Foi aluno de estágios em documentário no Atelier de Réalisation Cinématographique (VARAN) em Paris (1982 e 1986). Autor dos livros “Luz e Sombra: significações imaginárias na fotografia do cinema expressionista alemão (2013)” e “Cinema Noir: a sombra como experiência estética e narrativa” (2015). Curador e membro de júri em diversos festivais de cinema a exemplo do Festival de Gramado (RS), Festival de Brasília (DF), Cine Pe, Fest Aruanda, Festival de Vitória (ES), Goiânia Mostra Curtas (Goiânia-GO) For Rainbow e Thessalonik LGBTQI+ Festival (Grécia), Circuito Penedo de Cinema, entre outros.
DIEGO BENEVIDES
PRODUTOR
Diretor, roteirista e produtor paraibano, formado pela Universidade Federal da Paraíba, vive e faz cinema na Paraíba, onde constrói uma trajetória marcada por uma produção autoral e comprometida com a linguagem e os afetos do audiovisual. Dirigiu filmes que circularam por diversos países, colecionando prêmios e participações em importantes festivais de cinema no Brasil e no circuito internacional, com destaque para O Guardador (2017), Família Vidal (2010), A Queima (2013), Cumieira (2015), A Fome de Lázaro, Câmera Viva e Anjo Pagão. Além da direção e do roteiro, atua também como produtor e montador, tendo produzido quatro longas-metragens, duas séries e diversos curtas realizados com outros cineastas da cena paraibana.
ALEXANDRE SOARES
COPRODUTOR
Produtor audiovisual, curador e diretor dos festivais Curta Taquary, Poesia na Tela e Criancine. Estudou “Guion cinematográfico” e “Curadoria, gestão e network de festivais de cinema” na EICTV (Cuba). Atua no audiovisual desde 2005 na formação, difusão e produção de obras de curtas, longas e produtos para tv. Produziu obras exibidas em mais de 100 festivais e mostras nacionais e internacionais entre elas: Cannes, Biarritz (França), Busan (Coréia do Sul), Havana (Cuba), Brasília (DF), Gramado (RS) e Tiradentes (MG). Colaborou com a curadoria dos festivais internacionais: Thessaloniki LGBTQIFF (Grécia), LABRFF (EUA), Hacelo Corto (Argentina), Antofadocs e Muestra Polo Sur (Chile). Atua em ações de reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas nos biomas Caatinga, Brejo de altitude e Mata Atlântica, além de recomposição de matas ciliares do Rio Capibaribe.